sábado, 24 de agosto de 2013

CONSUMIR... CONSUMIR... CONSUMIR

LIÇÃO 8 


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Definiro sentido real do consumismo e seu resultado malévolo; viver moderadamente.

Para refletir
“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e quatro nunca dizem: Basta.”(Pv 30.15 – ARC).

Neste texto Agur, observa, e de uma forma poética mostra que a insaciabilidade nunca está completa. Alertando-nos a vivermos de forma equilibrada, não se dominando por ela, pois nunca diz “basta”, convidando-nos à vigiar, para que não sejamos dominados pelo consumismo.


Texto Bíblico em estudo: Mt 6.19,25, 33,34.


Introdução
Vivemos em uma sociedade materialista que exige que estejamos sempre prontos a adquirir mais. Muitas vezes somos assaltados pela mesma mensagem: “Você merece muito mais”.

Porém, não é assim que a Palavra de Deus nos ensina.
Provérbios 30.8, nos diz:  “Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada.”

O que vemos é que Deus quer que reconhecemos, que podemos nos aquietar, sossegar, sem anseios, confiando que Ele nos dará nossa porção diária, e que essa porção será suficiente.
Não esquecendo que Ele cuida de nós (Mt 6.8).


Consumidores manipulados pela mídia e o valor das pessoas
No texto em estudo o Senhor Jesus contrastou os valores celestiais com o terreno, explicando que não devemos nos afligir com as circunstancias, pois nosso Pai Celestial, sabe o que precisamos, e não está alheio as nossas necessidades. Mas que devemos direcionar nossa vida para buscar as coisas do alto, preocuparmos com nossa posição diante de Deus, pois quando ao cotidiano – “Basta a cada dia o seu mal” – Deus que cuida de toda a criação (animais e vegetais), não cuidará de nós?

As preocupações em excesso causam males terríveis a nossa alma. Portanto não é da vontade de
Deus que andemos ansiosos por coisa alguma, “antes, as nossas petições sejam em tudo
conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.16).

Muitos hoje são arrastados pela mídia à comprar desenfreadamente, sem a devida ponderação da necessidade, e mesmo poder aquisitivo para faze-lo.

Alguns critérios para a escolha
1. Consciência da necessidade de sustentabilidade– (Entender e precisar) X (querer) – valores do SER ou do TER;  (Apego ao consumismo, conforto/ prazer) X (poder) – verificar custo e
disponibilidade de acesso.


2. Refletir : sobre o que é necessário e planejar o que pretende consumir
dando prioridade para a compra de produtos do comércio justo, ético e solidário.

3. Reduzir: o que é possível, recusando o que é desnecessário e supérfluo.

4. Repartir: compartilhar ao máximo produtos e conhecimento, na prática constante da
solidariedade...

5. Reutilizar:sempre que possível, aumentar a vida útil de produtos e retardar o descarte.

6. Reciclar: quando já tiver esgotado as alternativas anteriores, enviar para reciclar
produtos (quando possível).

Se seguirmos esses passos, estaremos livres da influencia da Mídia, que impõe-nos um consumismo desenfreado, e estaremos consumindo com responsabilidade.


A sociedade de consumo é individualista
O mundo contemporâneo, tecnológico e globalizado, sofre grande influência das mídias, cuja atuação ultrapassa de muito a área econômica, interferindo nos comportamentos sociais, nos valores culturais, e criando novas modalidades discursivas e conceituais.

Para muitos, a ação midiática é responsável mesmo pela implementação de novas racionalidades e formas de pensamento, com influência na própria produção de sentido e percepção moral, promovendo, assim, alterações profundas de caráter ético, estético e ideológico, cada vez mais vemos o acréscimo do individualismos insensível e esgoista.

A publicidade veiculada pela mídia amplia o potencial de transmissão de informações que objetivam a construção de uma consciência do indivíduo enquanto sujeito-consumidor, assumindo a mesma um papel de grande importância na difusão de práticas sociais compatíveis com a venda de produtos midiáticos. Quando a publicidade atinge a sua finalidade, cria novas regras de acumulação, amplia as faixas de consumo e opera a homogeneização necessária à difusão de uma ideologia de valores consumistas.

Evidentemente, existem aspectos positivos, tais como a acessibilidade da informação, que possibilita uma democratização do conhecimento. Entretanto, esse acesso global e indiscriminado à informação sem uma elaboração crítica pode trazer efeitos nefastos à crianças e adolescentes, e porque não dizem também à adultos,  que não possuem meios de processar o material veiculado com uma postura mais crítica.

Os receptores das mensagens produzidas pela mídia são vistos como consumidores passivos a serem hipnotizados e manipulados pelo espetáculo dos produtos apresentados na Mídia.
Cria-se uma nova forma de produção e veiculação da ideologia — não mais fundada num sistema coerente de idéias ou crenças, mas como um sistema de valores introjetados pela sua invasividade, cujo modo de ação é a apresentação de conduta e valores a serem reproduzidos, sustentada pelo fato de a mídia se apresentar como geradora da própria realidade.

O que se deve ter presente é que a mídia e os fenômenos que se representam em seu meio, bem como a ordem lógica, formal, emocional ou moral que encerram, estão articulados num universo próprio, fechado em si mesmo. Trata-se de um mundo industrialmente construído, mundo-mercadoria, que, como qualquer produto acabado, é oferecido ao mercado global. A dimensão fundamental dessa construção midiática da realidade não reside no seu caráter instrumental, extensivo dos sentidos e da experiência; e sim em sua capacidade manipulatória condicionante da consciência.

Com isso, novas linguagens, códigos, posturas e hábitos são difundidos através do discurso da Mídia, que é cuidadosamente produzido para vender serviços e produtos interessantes ao mercado consumidor. Os consumidores assumem, nesse contexto, um papel interativo com o texto midiático, na medida em que reproduzem os paradigmas projetados, incorporando-os ao seu self e à maneira de perceber a realidade.
Já pensaram nisso? – o Perigo que nossas crianças e adolescentes são expostos diariamente?


Seja você mesmo
Seja você mesmo... Sempre!.
Seja sempre você, autêntico e único!

Deus te fez assim – único. E por que querer copiar, querer ser igual a todos os outros?
Outro dia, estava em um ônibus, e conforme passava pelas ruas, eu observava as calçadas, fiquei admirada, quantas adolescentes, moças e mulheres com cabelos vermelhos... tudo igual.
De igual modo os adolescentes e rapazes com cabelos amarelo...

Fiquei pensando: “Que falta de originalidade...
Isso é horrível, uma falta total de identidade...
E quando isso ocorre com cristão é muito pior... “somos geração eleita, sacerdócio santo”, e vamos nos transformar em marias-vai-com-as-outras”?

Sejamos nós mesmos... autênticos cristãos, e todos nos respeitarão como somos.


Conclusão
O mundo hoje gira em torno do consumismo. O maior desejo das pessoas, influenciadas pelos veículos de comunicação de massa, está em obter bens; seja uma roupa, carro ou, até mesmo, uma viagem. O importante é ter. A moda agora é  ter o máximo que conseguir. Dessa forma, será bem visto pela sociedade e não será excluído jamais, desde que continue seguindo às regras de consumo.

Isso o tornará uma pessoa em evidência? Não, você apenas será mais um na multidão, como outro qualquer.

Através da Bíblia vemos que não é isso que Deus tem para nós. Ele não está preocupado com a nossa aparência, com quanto vamos gastar para ficarmos na moda, ou o que precisamos fazer para sermos aceitos por outras pessoas. O interesse de Deus é por nossas vidas, pelo nosso ser, nosso coração – quer que sejamos um Nele, quer que sejamos “seu particular tesouro”.

Mesmo sabendo dessa verdade incontestável, o que nos leva ao desejo desenfreado de consumir? Será que está faltando algo em nossas vidas, ou simplesmente ainda não aprendemos a viver segundo os ensinamentos de Jesus?

Temos que tomar cuidado com os nossos anseios, “porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12.34). 


DINÂMICA
LIÇÃO 8 –  CONSUMIR... CONSUMIR... CONSUMIR
Seu Reflexo em mim
Modalidade
: Valorização Pessoal.

Objetivo: Despertar para a valorização de si. Encontrar-se consigo e com os reais valores.
Material: Um espelho escondido dentro de uma caixa, de modo que ao abri-la o integrante veja seu próprio reflexo.
Andamento:
O professor motiva o grupo: "Cada um pense em alguém que lhe seja de grande significado. Uma pessoa muito importante para você, a quem gostaria de dedicar a maior atenção em todos os momentos, alguém que você ama de verdade... com quem estabeleceu íntima comunhão... que merece todo seu cuidado, com quem está sintonizado permanentemente... Entre em contato com esta pessoa, com os motivos que a tornam tão amada por você, que fazem dela o grande sentido de sua existência..."

Deve ser criado um ambiente que propicie momentos individuais de reflexão.
Após estes momentos de reflexão, o professor deve continuar: "...Agora vocês vão encontrar-se aqui, frente a frente com esta pessoa que é o grande significado de sua vida."

 Em seguida, o professor orienta para que os integrantes se dirijam ao local onde está a caixa (um por vez). Todos devem olhar o conteúdo e voltar silenciosamente para seu lugar.

Continuando a reflexão sem se comunicar com os demais. Finalmente é aberto o debate para que todos partilhem seus sentimentos, suas reflexões e conclusões sobre esta pessoa tão especial.


Aplicação:
Deus nos fez único... Somos sua imagem, pois Deus projetou em nós sua imagem, quando aceitamos à Jesus, por meio do seu sacrifício, a imagem de Deus volta em foco através de nós, uma projeção direta do Todo Poderoso, e a gloria do SENHOR brilha refletindo-O aos homens através de nós.

Por essa razão não é da Vontade de Deus que sejamos manipulados pela mídia, ou por quem que seja, somos feitura de Suas Mãos, quem olhar-nos deve ver Seu reflexo em nós, e não um bando de cópias ditadas por um mundo decaído, de visão deturpada.

A imagem que vocês viram no espelho, é a pessoa que Deus fez, detalhe por detalhe, a cor dos olhos, a cor dos cabelos, o timbre de sua voz, tudo... nada escapou do olhar atendo daquele que te formou...

Valorize-se... não seja mais um... Seja único.
                                                      (Adaptação)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ABAIXO A VIOLÊNCIA

LIÇÃO 6 


Ao Mestre
Amado (a), todos sabemos, mas sempre é bom relembrar.

O preparo do professor:
·         Espiritual: (1 Pe 3.15; Ed 7.10) é ser cheio, controlado e motivado pelo Espírito Santo de Deus (1 Co 2.15; Gl 6.1).
·         Intelectual (cultura geral).
·         Social (apresentação pessoal).
·         Físico (estado saudável)
   
        Os homens a quem Deus tem usado, passaram por uma fase de preparo:
        Moisés, Daniel e seus companheiros, o apostolo Paulo, todos passaram por uma fase de
        preparo.
        O professor precisa saber o que vai fazer – Jesus sabia “o que ia fazer” (Jo 6.6).
        Um aluno que quiser aprender de fato, não terá desejo de voltar a uma classe para ouvir um
        professor dizer coisas que ele sabe que está errado.
        Devemos ter em mente, o cumprimento de nossos deveres como professor (Sl 101.6;
        1 Co 4.2).
       
        E, não somente ser fiel, mas disciplinado, e ter:
·         Paciênciaé o mesmo que longanimidade, é o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
·         Dedicação é o serviço feito da melhor maneira – Ec 9.10; é zelo com entendimento – Rm 10.2; e há uma maldição para o que não fizer assim – Jr 48.10ª.
·         Pontualidadeé chegar na hora, começar na hora e terminar na hora.

Ser professor (a) de EBD é andar lado à lado com o pastor da igreja, esmeremos-nos no ministerio que Deus nos confiou.


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Viver pacificamente, lembrando que a Bíblia nos ensina a ter paz com todos; entender que é nosso dever orar por aqueles que nos odeiam e perseguem.


Para refletir
“Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou destruição, nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas, louvor.”(Is 60.18 – ARC).

A ordem do Reino de Deus está em pleno contraste com a desordem dos governos humanos, cujas violências e injustiças impostam tem sido uma constante. Mas chegará o dia em que a paz será instaurada, a justiça e a equidade serão notórias no período do Milênio.


Texto Bíblico em estudo: Gn 4.5-8; Mt 5.43-48.


Introdução
Na Bíblia vemos a Paz ser descrita sob vários aspectos tanto no sentido interno como externo:
a Paz entre os homens; a Paz de Deus; a Paz entre Deus e a Humanidade; Paz interior.

Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação.
Derivada do latimPax = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações.

No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo; a nossa saudação cristã: A paz do Senhor)

A palavra “Paz” possui alguns significados que se expressam em nossa vida de forma externa e interna, no âmbito material e espiritual.
Ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranqüilidade pública; concórdia.
Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento, harmonia.
Ausência de conflitos íntimos; tranqüilidade de alma; sossego.
Situação de um país que não está em guerra com outro.
Restabelecimento de relações amigáveis entre países beligerantes; cessação de hostilidades.
Tratado de paz.
Ausência de agitação ou ruído; repouso, silêncio, sossego.

Como cristãos devemos procurar promover a paz, pois esta é a vontade de Deus, o Senhor Jesus afirmou no Sermão do Monte:
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5:9).


Lameque
A Bíblia fala de um homem que nunca deixava barato qualquer ofensa que recebesse voluntária ou involuntária. Ele inaugurou o comportamento que ficaria conhecido como lei do talião, aquela do “dente por dente”, “olho por olho”. Seu nome era Lameque (Gn 4.18-24).

“E disse Lameque às suas esposas: Ada e Zilá, ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. Sete vezes se tomará vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete.”(Gn 4.23-24)

Terrível este Lameque!
Quem lhe machucou foi punido com a morte. Alguém que, talvez involuntariamente, lhe pisou no seu pé pagou com a própria vida. Seu padrão era não permitir que o estilo de vida de Caim fosse esquecido. Lameque tinha orgulho de ser como seu ancestral, considerando-se uma pessoa justa, que fazia o bem a quem lhe fazia bem, mas trazia o mal a quem lhe trazia o mal. O retrato bíblico de Lameque é o retrato da natureza humana.

Se alguém é simpático conosco, somos simpáticos com ele. Se alguém é generoso conosco, procuramos uma forma de retribuir. Se alguém nos cumprimenta, nós os cumprimentamos. Não somos tão maus como Lameque. Sempre retribuímos na mesma medida, não com o excesso dessa exagerada personagem bíblica.

Mas não é assim que a Bíblia nos ensina:
“Tomem cuidado para que ninguém pague o mal com o mal. Pelo contrário, procurem em todas as ocasiões fazer o bem uns aos outros e também aos que não são irmãos na fé.” (1Ts 5.15 – NTLH).

Jesus ensinando aos discípulos disse:
“... Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.”( Mt 4.44,45 – ARC).
Através da Bíblia somos orientados a não brigar com ninguém, mesmo se estivermos sendo injustiçados e jamais desejemos vingar-nos.

O padrão desejado por Jesus é que nós (todos os cristãos) renunciemos o “eu”, e amamos nosso próximo, amar ao próximo como a nós mesmo, é fruto do Amor de Deus me nosso ser. É mostramos que estamos em Deus.
É a oportunidade que temos de testemunhar com os próprios atos, diante de amigos e inimigos que temos compromisso com Cristo, e que estamos levando nossa “cruz” após Ele.


Deus condena a Violência 
A maioria de nós é adepta da indiferença pacífica. Jesus pregou a resistência pacífica ao mal, quando pediu que oferecêssemos o outro lado do rosto à bofetada (Mt 5.39).
Nós inventamos a indiferença pacífica, ou seja, se Fulano não é simpático comigo, não serei simpático com ele e nada lhe fico devendo. Se Beltrano não pergunta o meu nome, também não pergunto o seu e estamos quites. Se Sicrano não me sorri, não sou eu lhe que vou abrir os dentes, para, talvez, receber uma cara feia de volta.
Se vivemos assim, precisamos ser incomodados pelo Espírito Santo, porque a indiferença não vem de Deus.
Quando lemos Lucas 10.25-47, a parábola do Samaritano, vemos que aqueles homens evitaram a calçada em que se debatia o homem ferido na estrada, certamente não foram repreendidos pelos seus amigos, pois tinham feito como todo mundo faz.

Quanto a nós, somos capazes de os condenar e, ao mesmo tempo, de agir como eles agiram, talvez esquecidos que eles foram indiferentes, pacificamente indiferentes, para tristeza de Jesus.
Podemos ser indiferentes e nos achar cristãos, quando o somos pela metade, porque somos apenas meio-cristãos quando a mensagem completa do Evangelho não nos está incomodando. Somos meio-cristãos quando vivemos do Cristianismo apenas a parte fácil.
Então, quando lemos a lista paulina do fruto do Espírito (Gl 5.22), não podemos nos acomodar à indiferença pacífica, pois ali se descreve como deve viver um cristão, desabrochando em:
  • Amor
  • Alegria
  • Paz
  • Longaminidade (paciência)
  • Benignidade
  • Bondade
  • Mansidão
  • Temperança (domínio próprio)

A benignidade é uma dimensão do fruto do Espírito que não pode faltar ao cristão.
Não é fácil conceituar o que é a benignidade, palavra que aparece (ela e suas variantes) 42 vezes na Bíblia. Na pena de Paulo, é uma palavra específica diferente de misericórdia e de bondade.
Benignidade é a virtude que uma pessoa tem de fazer com que os outros se sintam à vontade em sua presença. Ela também se caracteriza pelo esforço demonstrado por alguém para evitar que algum mal venha sobre os outros.
Quando temos o Espírito Santo frutificando em nós, podemos alcançar duas dimensões essenciais, mas não únicas, da benignidade, uma no domínio do sentimento e outra no território do tratamento.
1. Benignidade de sentimento é empatia, que é o interesse que alguém tem em sentir o que seu próximo sente. Se o outro chora, o benigno chora. Se o outro ri, o benigno ri. Se o outro está angustiado, o benigno se angustia. Assim, em lugar de "não estar nem aí" pelo outro, o benigno se interessa não só pelas necessidades do outro, mas pelos seus sentimentos. Benigno, portanto, é aquele que se interessa pelos sentimentos dos outros.
Numa cultura que venera a privacidade, não é fácil pôr em prática a benignidade empática. Os gestos nesta direção sempre parecem uma invasão. Por isto mesmo é que precisamos prestar atenção no outro que, às vezes, nos manda secretamente pedidos de socorro. As mensagens secretam do seu próximo também interessam a quem é benigno, cujo prazer é apoiar o outro, mesmo que sejam pessoas que são hostis a nós, aí está a oportunidade de fazer com que eles conheçam o amor de Deus que está derramado em nosso coração.
2. Se a empatia é difícil, a benignidade de tratamento é mais acessível, embora não necessariamente mais fácil. Estamos falando da simpatia, que tem a ver com o desejo de se relacionar, e com todos os esforços decorrentes deste desejo. Simpatia tem a ver com polidez, calor, aplauso, sorriso.
Polidez é cumprimentar o outro, procurando tornar a convivência agradável, de modo que, num encontro, ninguém precise fazer "cara de elevador". Benignidade tem a ver com receptividade ao gesto do outro. Se alguém vem em sua direção, corresponda educadamente. Mais que polida, a benignidade é calorosa, na iniciativa de cumprimentar, procurar e abraçar, e na retribuição do cumprimento, da procura e do abraço.

Simpatia tem a ver a com o sorriso, este perfume que se vê. Há o sorriso que toma a iniciativa, mesmo sem saber qual será a resposta. Há o sorriso que responde o sorriso do outro. Quando dois rostos se abrem em sorrisos, um para o outro, a conversa flui melhor, a comunicação acontece, os relacionamentos se tornam possíveis.
Para que esta cara fechada?
Para que esta "cara de bad boy"?
Para que esta cara de "poucos amigos"?

Pratiquemos a benignidade do sorriso, que faz bem a outro e a nós também.
Deixe de ser grosso, para ser macio; deixe de ser amargo, para ser doce com os outros, mesmo que não haja platéia e nem uma câmera não esteja filmando. Mesmo quando tiver que ser firme diante da injustiça, não perca a ternura.
Os relacionamentos cheios de benignidade são mais uma ação do Espírito Santo em nós e por intermédio de nós.
Poderíamos resumir o que vimos dizendo, afirmando que ser benigno é tratar os outros como Deus nos trata. É olhar para os outros como Deus os olha.
Uma pessoa benigna jamais cometerá ato de violência contra alguém.


Conclusão
Deus não deseja que “seus filhos” sejam maus, sem afeto, sem piedade.
Deus não quer que pratiquemos violência, seja em palavra, gestos ou ações.
Deus não deseja que os homens façam guerras, que briguem, que maltratem à outros.

É por essa razão que a Bíblia nos ensina que o melhor caminho é “viver em paz com todos”, é sempre fazer o bem ao próximo, mesmo que ele seja nosso inimigo.
Então... fujamos das brigas, das discussões, mostremos-nos como filhos de Deus, como Jesus nos afirmou em Mateus 5:9:  “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
Agindo assim você estará mostrando que não dá lugar à raiva e que conflitos com outras pessoas não fazem parte de sua vida – você é pacificador, é filho de Deus.



DINÂMICA
LIÇÃO 6 – ABAIXO A VIOLÊNCIA
Amar ao Próximo.
Material: papel, lápis.
Desenvolvimento: 
Divida a turma em grupos ou times opostos.
Sugira preparar uma gincana ou concurso, em que cada grupo vai pensar em 5 perguntas e 1 tarefa para o outro grupo executar.

Deixe cerca de 15 minutos, para que cada grupo prepare as perguntas e tarefas para o outro grupo.
Após este tempo, veja se todos terminaram e diga que na verdade, as tarefas e perguntas serão executadas pelo mesmo grupo que as preparou.
Observe as reações. Peça que formem um círculo e proponha que conversem sobre:
Se você soubesse que o seu próprio grupo responderia às perguntas, as teria feito mais fáceis?
E a tarefa? Vocês dedicaram tempo a escolher a mais difícil de realizar?
Como isso se parece ou difere do mandamento de Jesus? "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".
Aplicação:
Como nos comportamos no nosso dia a dia?
Se assim fazemos com aqueles que chamamos amigos, o que não desejamos aos que são considerados “não amigos”?

Será que estamos como Lameque? - Os que chamamos “não amigos” pode ser que nada fizeram de forma premeditada contra nós.
Encerre com uma oração pedindo que a Deus que faça de cada um de nós verdadeiros pacificadores.

Se houver tempo, cumpram as tarefas sugeridas, não numa forma competitiva, mas todos os grupos se ajudando. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

HONESTIDADE A TODA PROVA

LIÇÃO 5 

Ao Mestre
Amado (a) a Escola Bíblica Dominical (EBD) é a escola do Ensino Bíblico da Igreja.
A EBD evangeliza enquanto ensina, conjugando assim os dois lados da grande comissão de Jesus à Igreja:
“Portanto, ide, ensinai {ou fazei discípulos} todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”(Mt 28.19,20).

A EBD tem objetivos definidos para atingir. Não se trata apenas de uma reunião domingueira comum, ou um culto a mais. Esses objetivos são três, à saber:

1. Ganhar almas para Jesus
O primeiro dever do professor da Escola Dominical é agir e orar diante de Deus no sentido de que todos os seus alunos aceitem ao SENHOR JESUS COMO SALVADOR e  O SIGAM como seu SENHOR e MESTRE. Há professores de EBD que, ensinam durante anos sem nunca ver um aluno convertido, talvez porque nunca os levaram a aceitar a Cristo na própria sala de aula.
O meio certo de lavar almas a Cristo é usar a PALAVRA DE DEUS e confiar na operação do Espírito Santo (Jo 3.5; 16.8; 1 Pe 1.23). O professor não pode salvar os alunos, mas pode leva-los ao SENHOR, assim como fez André (Jo 1.42).
A Bíblia não diz “Ensina a criança no caminha ‘em que vai andar’  ou ‘quer andar’, mas no caminho em que deve andar” (Pv 22.6).
2. Desenvolver a espiritualidade e o caráter cristão
O ensino da Palavra de Deus é uma obra espiritual e por essa razão é muito significativa para à cultura da alma, ganhar o aluno para Cristo é apenas o inicio desta obra, é necessário cuidar em seguida da formação doa hábitos cristãos, os quais resultarão num caráter ideal.
São os hábitos que formam o caráter, afirma a filosofia:
“O pensamento conduz ao ato, o ato conduz ao hábito, o hábito conduz ao caráter, o caráter conduz ao destino da pessoa”, é claro que isso humanamente falando.

A palavra caráter procede do grego charassein ou  charasso significando “coisa gravada”, ou “eu gravo”. Caráter é o conjunto de qualidades fundamentais da personalidade.
Como podemos ver, o caráter pode ser gravado, é imprescindível que o professor (a) de EBD, tenha maturidade espiritual e consciência da importância desse trabalho.

Segundo o filósofo e psicólogo francês René Le Senne, o caráter é formado por traços com sentido moral e ético. Assim sendo, características como honestidade, desonestidade, afabilidade, indelicadeza, perseverança, inconstância e disposição para o trabalho revelam traços que são socialmente aceitas ou reputadas, e são tidas como certas ou erradas.
E estes “traços” são graváveis, a personalidade Cristã possui traços de caráter cujo modelo é  Cristo.

O professor (a) de EBD, não trata somente dos aspectos humanos da personalidade. Seu trabalho está também ligado a redenção da alma da pessoa e ao seu progresso à semelhança de Cristo. Desse modo o trabalho de quem ensina na EBD se torna uma missão de significado eterno.


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Definiro termo honestidade e optar por aplicar a lição aprendida em seu cotidiano, entendendo que agindo assim agradarão à Deus.


Para refletir
“Será que interessa ao Todo-Poderoso que você seja honesto? Que lucro tem ele se você é correto em todas as coisas?”( Jó 22.3 - NTLH)

Deus que tudo conhece e nos ama, se preocupa conosco. Por essa razão Ele quer que andemos honestamente, pois a desonestidade sempre trará conseqüências danosas à nossa vida.

Também, como Igreja, somos representantes de Cristo na terra – já pensou nisso? – representar Deus diante dos homens!
Deus é puro, é Santo, e a Verdade.


Texto Bíblico em estudo: Fp 4.8; 1 Pe 2.12.

Introdução
Os cristãos devem fixar sua mente nas coisas verdadeiras, puras, justas e honestas.
Seu viver deve refletir a imagem de Deus, com santidade e temor.
Essa é a condição prévia para experimentarmos a paz de Deus (Fp 4.9).

O resultado de fixar nossas mentes nas coisas que do mundo será a perda da alegria, d a presença intima e da paz de Deus.
Devemos viver de forma que os que ainda não conhecem a Deus, dêem gloria a Deus por nossa vida ser justa e honesta.


Honestidade
Definição:
Segundo o dicionário Aurélio século XXI:
[De honesto + -(i)dade.]
S.f.
 1. Qualidade ou caráter de honesto; honradez, dignidade.
 2. Probidade, decoro, decência.
 3. Castidade; pureza; virtude. 

O dicionário Houaiss, nos traz mais esclarecimentos:
Honestidade- {verbete}

Acepções
■ substantivo feminino
1. Qualidade ou caráter de honesto, atributo do que apresenta probidade, honradez, segundo certos preceitos morais socialmente válidos
2. Característica do que é decente, do que tem pureza e é moralmente irrepreensível; castidade

Etimologia
- honesto + -i- + -dade; ver honest-; f.hist. sXIV onestidade

Sinônimos
- ver sinonímia de castidade; ver antonímia de ardil indecência
Antônimos
- desonestidade; ver tb. sinonímia de ardilestroiniceindecência e lubricidade

Como podemos ver, honestidadeé o ato, a qualidade, ou condição de ser honesto. Isto pode incluir ser a pessoa ou uma instituição (empresa etc.),  verdadeira em seus atos e declarações, não propensa a enganar, mentir ou fraudar; é se mostrar sem malícia, é demostrar ter um bom caráter.


A verdade
As práticas desonestas denotam alguma verdade?

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”( Jo 14.6 - ARC).

Notemos a declaração do Senhor Jesus: “... Eu sou... a verdade...”
Será que podemos ser chamados de “pequenos cristos” (significado de cristão), se andamos de forma desonesta, enganando nosso próximo?

E o Senhor Jesus foi mais além nesta declaração: “... ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Isso quer dizer que se não andarmos em verdade, de forma honesta, descente, pura, sem mentiras, não seremos salvo, pois ser salvo é estar em Cristo, e guardados em Deus.

Em sua oração sacerdotal o Senhor Jesus rogou ao Pai por nós, dizendo:
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”(Jo 17.17 - ARC).

Vemos neste versículo que há uma perfeita identificação entre Jesus, a Verdade e a Palavra de Deus, por essa razão todos os que são de Cristo conhecem a verdade (2 Jo v.1) andam na verdade (2 Jo v.4) e recebem o testemunho da própria verdade (3 Jo v. 12).
A verdade é o padrão dos cristãos, e um emblema para todos que desejam servir a Deus.


O mundo
Vivemos dias de grande permissividade moral, onde a mídia secular exalta e promove os valores que levam a decadência moral e à troca de valores. Nossos olhos e ouvidos são bombardeados com mensagens, slogans e sugestões repulsivas e pecaminosas, e muitas delas são adotadas como modelo da atual geração.

A mídia usa pessoas “formadoras de opinião” em cujas vidas a libertinagem prevalece, que influenciam de forma negativa nossas crianças, adolescentes e jovens, motivando-os a denegrir seu comportamento com decisões absurdamente for a dos padrões estabelecidos na Palavra de Deus. Estes são mestres em enganar, assim têm feito à muitos que procura m neles espelhar-se.

 Os princípios bíblicos são a fonte dos hábitos que mantém a pureza de coração. Cuidemos daqueles que nos foram confiados para ensinarmos, para que não haja um enfraquecimento de seus valores morais e éticos.


Vencendo a tentação
O termo tentação está sempre presente na vida do cristão. Satanás utiliza-se de meios e táticas, cada vez mais sutis, para tentar o povo de Deus. Como a serpente enrola-se e espreita par a dar o bote, assim tem feito dia após dia.

Os recursos divinos disponíveis para vencermos as tentações são: a vigilância, a oração, a fé, a Palavra de Deus e o Poder do Espírito Santo.
A tentação é um convite e uma instigação para o pecado e possui basicamente três origens: a carne, o mundo, e o diabo. Mas cabe a nós resistir, não aceitando desobedecer a Deus.

A Bíblia nos afirma:
“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”(1 Co 10.13 – ARA).

Isto quer dizer que a tentação que nos sobrevém pode ser resistida, Deus não deixa sermos tentados acima de nossas forças. Então quando pecamos é porque cedemos, sem usar  da reseva que Deus nos dá.

Não importa quão propicio ou lucrativo possa nos parecer um ato desonesto, devemos resistir, sabendo que conseqüências desastrosas virão sobre nossas vidas.
Uma das conseqüências é a perda da imagem de pessoa honesta, à partir da primeira desonestidade descoberta, os que nos conhecem perderão a confiança em nós, e será muito difícil reconquista-la novamente.


Decida seguir o caminho certo
A busca por um padrão de vida honesto e ético deve, portanto constituir-se no alvo de cada crente, sabendo que ele (a) tem responsabilidade para com Deus, e a Igreja.
A vida do cristão tem muito a ver com as suas relações com o mundo.
Deve haver uma relação harmônica entre o que cremos e o que praticamos

O cristão é um ser social como os demais seres humanos, logo temos uma vida ligada aos nossos semelhantes sob vários aspectos. Devemos agir com sabedoria, buscando agir com compreensão, bom relacionamento, cooperativismo, etc. Porém, de forma que sempre procuremos mostrar Jesus aos homens, vivendo como Ele viveria se estivesse em nosso lugar.

O Evangelho de Cristo é a base legitima de toda a ética e moral, isso em todos os sentidos.
Podemos através de nosso viver cotidiano impor aos que nos cercam, a mor al, os bons costumes, a honestidade, a solidariedade, o perdão, e ao amor – influenciando e trazendo benefícios aos nossos familiares, amigos, vizinhos e colegas de escola e trabalho.

Através de nosso viver vidas prenderão o que ser digno, honesto e confiável. Desejarão ser como nós, se assim agirmos verdadeiramente seremos “Sal da terra e Luz do mundo” (Mt 5.13,14).


Conclusão
Os hábitos contraídos por alguém trazem como conseqüências marcas no seu caráter.
A desonestidade resulta em grandes marcas na vida de quem a toma para pautar seus passos.

Honestidade é algo que devemos a nós mesmos, mais do que aos outros. Ser honesto é ser fiel consigo mesmo, com Deus e com o teu próximo.

A prática de hábitos saudáveis e honestos, irão formar naqueles que os praticam um caráter equilibrado, e um modelo de personalidade, aprimorando a vida moral do praticante, salientando-lhe também as virtudes espirituais.
Toda a glória do Evangelho está relacionada com a vida exemplar do cristão.
Vivamos, pois de forma que nossa vida venha a glorificar à Deus.

DINÂMICA – LIÇÃO 5 – HONESTIDADE A TODA PROVA
Eu sou meu próximo

Tema: Conscientização.
Material: Folhas de papel e lápis.
Objetivo: saber que Deus espera que façamos aos outros o que queremos que eles nos façam.

Desenvolvimento:
1 - Em círculo, sentados.
2 - Distribuir uma folha para cada um, pedindo que respondam as seguintes questões  Dar tempo.
  1. Você esquece seu celular na escola, o que espera que quem encontre faça?
  2. Você trabalha no caixa de um supermercado, na pressa... dá troco à mais para um cliente, o que você gostaria que ele fizesse?
  3. Você precisa de uma informação quanto à uma rua, depois descobre que te enganaram, fazendo-te andar muito na direção errada, como você se sente?

3 - Partilhar com o grupo, experiências que tiveram, com perdas, troco, e outras.
4 - Em plenário: - O que descobriu sobre você mesmo, realizando a atividade?

Aplicação:
“E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também.”(Lc 6.31 – ARC)

A consciência de si mesmo constitui-se no ponto inicial para cada um se conscientizar do que lhe é próprio, conscientizando-se que devem mostrar-se sensível às necessidades do próximo, pois isso é sermos filhos de Deus, mostrando-nos honestos e justo para com os outros, conforme queremos que eles sejam conosco.

Com este trabalho é possível ajudar aos participantes a se perceberem, permitindo-lhes a reflexão.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A SOLIDARIEDADE CRISTÃ

LIÇÃO 4 

Ao Mestre
Amado (a), vivemos “dias extremamente difíceis”, principalmente no que tange à Palavra de Deus, onde há uma tendência em divinizar o homem e humanizar  a Deus.

À nós professores de EBD, é-nos dada uma missão: “Ensinar a Palavra de Deus como ela é”. Estejamos atentos, não nos movamos de sempre, por mais conhecido que seja o assunto irmos à Fonte – A Bíblia Sagrada.
Oremos em cada preparação de aula, para que o Espírito Santo no conduza, afinal quem melhor conhece os corações de nossos alunos, suas necessidades do que Ele?
Preparemo-nos com oração, planejamento e muita dedicação e com certeza nossos alunos serão alcançados pela ação do Espírito Santo, e então verdadeiramente alcançaremos o objetivo de nossa missão – gerar filhos e filhas para o reino de Deus. Deus vos abençoe.


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Entenderque ser solidário, mostrar-se sensível à dor e ao sofrimento de nosso próximo, é sermos filhos de Deus, pois quem está em Deus ama, porque “Deus é amor” (1 Jo 4.8); e que possa discernir o dom de misericórdia, socorro e contribuição.


Para refletir
“Aí o Rei responderá: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram.” (Mt 25.40 - NTLH)

Estender a mão para ajudar o próximo é um resultado da salvação, porque assim mostramos o amor de Deus, e nossa obediência as suas ordenanças.


Texto Bíblico em estudo: Mt 25.31-46.


Introdução
Você já percebeu que entre todos os seres vivos, entre todas as espécies, predominam três formas de relação – a de concorrência, a de antagonismo e a de complementaridade? E que esta última, mais conhecida como “solidariedade”, tem sido à base de todas as utopias humanas?
E que por mais que lute ou estude racionalmente o assunto a humanidade permanece carente da solidariedade. E que tal carência nos impele à destruição tanto da vida humana quanto de outras formas de vida?
“Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.”(Lc 6.31 - NTLH)

“Como desenvolver a solidariedade?”. Certamente, cada um de nós, de acordo com sua experiência e sabedoria, terá algo a dizer a respeito. Por isso, fazer esta pergunta aos nossos colegas e amigos pode ser um bom meio de começar a encontrar a melhor resposta.

O maior ato de solidariedade
Deus se compadeceu de nossa condição, e vendo-nos perdidos amou-nos, e provendo-nos um meio pelo qual pudéssemos tornar à Ele.
A salvação é a principal doutrina das Escrituras Sagradas, e a única e exclusiva razão, pela qual Deus enviou seu Filho a este mundo.
João. 3.16  - “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna”

Visto que a humanidade havia se perdido ao pecado, distanciando-se de Deus, pela queda do primeiro Adão, foi necessário Deus, providenciar um meio para que a humanidade não ficasse para sempre perdida, por esta razão como já mencionei acima, veio Jesus Cristo o Filho único do Pai, e por Ele enviado, para salvar-nos da condenação eterna.
Jesus vive e age ao nosso favor. Ele é nosso Advogado (1 Jo 2.1) e intercede por nós (Rm 8.34). Jesus morreu para nos salvar, e vive para nos salvar!
Isso é o maior exemplo de solidariedade que temos na historia humana.


Igrejas solidárias
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”.( At 2.42-47 – ARC)

Atender ao pobre em suas necessidades é um preceito bíblico (Lv 23.22; Dt 15.11; Sl 41.1; 82.3; At 11.28-30; Gl 2.10). A missão assistencial da Igreja no mundo é a continuação da Obra iniciada por Jesus. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4.18,19).
O imperativo da Grande Comissão inclui, na essência da mensagem do evangelho, o atendimento às pessoas necessitadas. Ver Mt 25.35-40; Jo 13.14,15.

Vejamos a responsabilidade social da Igreja.


Fundamentos da Responsabilidade Social da Igreja
1. No Antigo Testamento (Dt 15.10,11).Esta é uma das muitas referências do Antigo Testamento sobre o nosso dever de ajudar, assistir e socorrer os necessitados. Devemos atender ao pedinte (Dt 15.7-10) e ao carente de víveres para a sua subsistência (Sl 132.15). Ver Lv 19.10; 23.22; Ex 23.11. A justiça social ordenada por Deus determinava que os ricos não desprezassem os pobres (Dt 15.7-11), e que o estrangeiro, a viúva e o órfão fossem atendidos em suas necessidades (Ex 22.22; Dt 10.18; 14.29).

2. No Novo Testamento (Mt 26.11; Gl 2.10).Aqui estão incluídos os pobres, enfermos, deficientes físicos, crianças, idosos, desamparados, desabrigados, encarcerados, bem como os incapazes de retribuir quaisquer fazeres recebidos (Lc 14.13,14). Quando Cristo veio ao mundo, a Palestina passava por graves problemas sócio-econômicos, de sorte que muitos o buscavam apenas para saciar a fome (Jo 6.26). É justamente nesse contexto que devemos estudar a ação social da igreja primitiva. Ler At 2.43-46; 6:1; Rm 15.25-27; 1 Co 16.1-4; 2 Co 8; 9; Gl 2.9; Fp 4.18,19; etc.


A Responsabilidade Social da Igreja Primitiva.
Após o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes em Jerusalém, e a conversão de quase três mil almas a Cristo, houve um grande despertamento espiritual entre os primeiros crentes. A despeito de os apóstolos jamais deixarem arrefecer a principal missão da Igreja na Terra, que compreende: a pregação do evangelho, a doutrina, a comunhão, a fraternidade e a oração (At 2.42; 4.31; 5.42), o Espírito Santo também inspirou e guiou aqueles servos de Deus rumo ao cumprimento da missão social da Igreja. Vejamos:
1. Doutrina.“E perseveravam na doutrina dos apóstolos”.A doutrina cristã, ensinada por Jesus durante Seu ministério terreno, continuou no coração e na mente dos apóstolos. Agora, o Espírito Santo vivificava e consolidava em suas mentes tudo quanto o Senhor ensinara, como Jesus havia predito (Jo 14.26; 15.26; 16.13,14). A primeira coisa que cuidaram na igreja nascente foi a doutrina, que é essencial à fé cristã.

2. Comunhão.“E perseveravam na comunhão”. Comunhão quer dizer “aquilo que é comum a todos”; “fraternidade”; “compartilhar de um interesse comum”. Portanto, é relacionamento íntimo e fraternal entre os irmãos. Na igreja primitiva, era uma prática que fortalecia o relacionamento social e despertava a sensibilidade dos crentes pelas necessidades uns dos outros (At 2.44-46; 4.32-36).

3. Solidariedade.“E perseveravam no partir do pão”. Em Atos 2.42, pode referir-se tanto às refeições comuns quanto à Ceia do Senhor. Era costume, entre os judeus, representar a comunhão entre as pessoas, segurando com as mãos o pão e partindo-o em pedaços, ao invés de cortá-lo (Lc 22.19; 1 Co 11.24). Era um ato de fraternidade e solidariedade entre os irmãos. Essa prática sugere a necessidade de a Igreja partilhar, por meio do serviço social, o pão material com os necessitados.

4. Oração.“E perseveravam nas orações”. O sentido plural da palavra oração indica a diversidade dos propósitos pelos quais oramos, bem como as diferentes formas de oração. A oração foi a força motriz do grande avivamento no Dia de Pentecostes (At 1.14; 2.1; 3.1). Havia uma assídua participação nas reuniões de oração da igreja primitiva, porque os crentes estavam sempre unidos em um mesmo Espírito, fé e amor.


Um Profundo Senso de Responsabilidade Social (vv. 44,45)
Ao invés de a igreja primitiva discutir se era ou não de sua responsabilidade suprir as necessidades dos cristãos pobres, realizava esse serviço movida de amor e compaixão de Deus. O bem-estar social de cada irmão em Cristo tinha sua base nos valores espirituais e morais da igreja nascente.

1. Aigreja era caridosa (At 2:45).Os versículos 43 e 44 indicam três qualidades da igreja cristã: temor, fervor pentecostal e unidade. No original, os verbos dos vv. 43,44 descrevem uma ação repetida e contínua – os discípulos continuavam sendo cheios de temor e vendendo seus bens à medida que as necessidades individuais surgiam: “repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (v. 45). O temor dos crentes não era medo, mas um profundo reconhecimento de que tudo o que estava acontecendo com eles procedia de Deus. A igreja era pentecostal, no sentido bíblico da palavra, e unida: “tinham tudo em comum”. A consciência dos crentes foi despertada para sair da neutralidade e da omissão social.

2. Consciência das necessidades materiais dos cristãos (At 11.27-30).A Bíblia registra a profecia concernente à grande fome e empobrecimento que atingiu o mundo de então. Esse fato ocorreu no governo de Cláudio César, imperador de Roma, entre 45-54 d.C. Josefo, historiador judeu, registra uma grande fome na Judéia em 46 d.C. Foi nesse período de extrema necessidade que os cristãos de Antioquia enviaram suprimentos à igreja de Jerusalém. A igreja missionária em Antioquia se preocupava com o estado dos demais cristãos no mundo, especialmente com a igreja-mãe em Jerusalém. Os cristãos foram estimulados a contribuírem conforme suas posses, enviando as ofertas por meio de Barnabé e Paulo, e assim socorreram os irmãos da Judéia.

3. Aigreja primitiva cumpria sua missão social (2 Co 8:3,4; 9:13).A Igreja não apenas pregava o evangelho, mas também atendia àqueles que necessitavam de socorro físico e material (Gl 2.9,10). Os seguintes princípios devem nortear o serviço social da Igreja:
a) Mutualidade – isto é, ser generoso, recíproco, solidário.
b) Responsabilidade – trata-se de privilégio e não obrigação (2 Co 8.4; 9.7).
c) Proporcionalidade – contribuição de acordo com as possibilidades individuais (2 Co 9.6,7).
Esse mesmo sentimento deve mover todos os crentes em Cristo Jesus. A Igreja é corpo físico do Senhor Jesus na terra. Devemos fazer as obras que Ele realizou quando andava aqui na terra fisicamente.
A base da solidariedade é o amor. Deus é amor – o apostolo João, denominado o apostolo do amor escreveu:
“Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.”(1 Jo 4.11).

E o apostolo Tiago completa:
“Por exemplo, pode haver irmãos ou irmãs que precisam de roupa e que não têm nada para comer. Se vocês não lhes dão o que eles precisam para viver, não adianta nada dizer: “Que Deus os abençoe! Vistam agasalhos e comam bem.” Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta.”(Tg 2.15-17 – NTLH).

Tenhamos fé viva demonstrada através de nossas ações – atitudes solidárias com todos os que precisam de algo ou mesmo de um apoio emocional.


Dons espirituais e ministeriais
Os dons espirituais concedidos pelo Espírito Santo à Igreja, são o meio pelo qual os crentes são capacitados a realizar a Obra de Deus até os confins da terra, 1Co 12.1 a 11.
Além de capacitar o cristão para a realização da obra do Senhor, os dons do Espírito Santo são também, como que ornamentos que dão beleza e vida abundante à Igreja em toda sua trajetória aqui na terra. Os dons espirituais só podem ser considerados como tal, quando a vida da Igreja é edificada pelos mesmos

Recebemos os dons para servir
Tanto em Romanos quanto em I Coríntios Paulo fala sobre o corpo de Cristo,a Igreja; e em seguida fala sobre os dons.
 Ele começa falando que somos o corpo de Cristo, que somos membros uns dos outros, que cada membro tem a sua função e em seguida fala dos dons.
  
O Espírito Santo opera em cada um de nós e capacita a cada um de nós para vivermos no corpo de Cristo de forma que edifiquemos os que estão a nossa volta. Quer seja com profecias,palavrascurasensinoexercendo misericórdiaservindorepartindo, em tudo.

Se quisermos ser cheios dos dons do Espírito temos que nos envolver com a vida do corpo (igreja), temos que nos relacionar uns com os outros. Deus não vai nos encher de dons se estivermos isolados, vivendo individualmente e sem relacionamento com os irmãos.

Nós recebemos os dons para servir e nossos relacionamentos e reuniões devem dar lugar ao Espírito Santo para que possamos cumprir este objetivo.

I Pe 4.10-11
Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém.”

O dom de misericórdia e socorro concede-nos:
·         Sentir-se tocado pela miséria de outro, e auxiliá-lo.
·         Relacionar-se com os outros com simpatia , respeito e honestidade, compreendendo suas limitações e fraquezas.
·         Para ser eficaz esse dom deve ser exercido por nós com bondade e alegria, e nunca como uma obrigação.


Conclusão
A missão da Igreja inclui não apenas a proclamação do evangelho, mas também a assistência aos pobres, a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos pelo diabo (Mc 16.15-18).

 “A igreja cristã e a pessoa cristã se mantêm sadias somente quando uma das mãos é estendida para receber de Deus, enquanto a outra é para partilhar com outro homem” (Leighton Ford).
Deus vos abençoe.



DINAMICA – LIÇÃO 4 – SOLIDARIEDADE CRISTÃ

Dependência mútua

Tema:Serviço
Objetivos: Mostrar o quanto dependemos uns dos outros e o quanto podemos contribuir para o crescimento do nosso irmão.
Participantes:Adolescentes, mínimo 4 pessoas.

Como Fazer:
  1. Podemos começar a reunião formando duplas.
  2. Um dos componentes da dupla fecha os olhos e passa a andar guiado pelo outro.
  3. Não é permitido abrir os olhos e nem tocar no companheiro, tão somente o som da voz .do outro o guiará.
  4. Logo em seguida trocam-se os papéis e o que antes era o guia, passa ser o guiado.
  5. Depois de terminada esta dinâmica, todos se reúnem para um momento de compartilhar, onde são respondidas várias perguntas:
Ex:
a) O que você sentiu durante o tempo em que estava sendo guiado pelo outro?
b) Aconteceu de sentir-se tentado a abrir os olhos?
c) Teve total confiança em seu amigo (a)?
d) Pensou em se vingar do outro quando chegasse sua vez de ser o guia?
e) Sentiu-se tentado a fazer alguma brincadeira com o "ceguinho"?

Base Bíblica:
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". (Cl. 3.12-17).

Refletir:
1. Procure esclarecer juntamente com o grupo a definição dos termos que se encontram na passagem acima, como "coração compassivo, longanimidade, humildade" etc.
2. Faça perguntas do tipo: "O que falta em você para que as pessoas confiem mais no seu auxílio?"
3. "Qual a maior ajuda que você pode prestar neste momento de sua vida para as pessoas e para o grupo?".
4. Precisamos, sem dúvida alguma, uns dos outros. Para que a solidariedade possa ocorrer de forma dinâmica e eficaz, é preciso desenvolver características de caráter que nos capacitem a desempenhar nosso papel dentro do Corpo de Cristo.

Mensagem:
Não podemos viver com o nosso individualismo porque podemos cair e não ter força para levantar. Por que ficarmos sozinhos se temos um ombro amigo do nosso lado?
                                                                                                 (Adaptação)