Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
A compreender o propósito do apostolo Paulo ao
escrever aos tessalonicenses acerca da volta do SENHOR; conscientizar-se de que
em nossos dias já opera as forças do mal e o espírito do Anticristo.
Para refletir
“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo,
também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a
última hora.”(1 Jo 2:18 – ARC)
Para ver isto nem precisa ser uma pessoa espiritual, qualquer um com bom
senso, pode perceber a maldade que há na maioria das programações e
principalmente nas novelas e muitos filmes, que estão cheios de violência,
engano, traições, imoralidades. Novelas mostrando diariamente a infidelidade
conjugal o sexo livre, sem compromisso, entre a juventude, incentivo ao namoro
de crianças e outras coisas terríveis. Agora imagine o efeito na formação da
personalidade de uma criança que ainda não sabe distinguir a fantasia da realidade.
A criança que ainda vê tudo com inocência, acreditando que aquilo tudo é a
realidade da vida.
Deus quer alistar soldados nesta última hora, soldados como Josué. Assim
como operou maravilhas naquele tempo o Senhor também fará em nossos dias.
Aliste-se.
Texto Bíblico: 2 Ts. 2:1-12.
Introdução
A última hora, o Senhor poderá vir a qualquer momento, por isso é necessário
estar preparado. Quando Ele vier não haverá tempo de ir preparar-se. O
arrebatamento dos salvos será em frações de segundos
. "num momento,
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e
os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados."
(1 Co 15:52);
Epistolas de 1º e 2º Tessalonicenses
1º Tessalonicenses
Autor: Paulo
Data:Cerca de 51 d.C. – em Corinto
Tema:A segunda vinda do Senhor Jesus
Palavras-chave: vinda, fé, esperança, caridade
Contexto Histórico e Data
O evangelho chegou à Europa pela primeira vez em 49 d.C. Isso aconteceu
quando em sua segunda viagem missionária, Paulo e seu grupo responderam à visão
noturna do homem macedônio e navegaram de Trôade para a ilha egéia de
Samotrácia e, depois para Neápolis (At 16.8-12) Aqui, o apóstolo encontrou a
negociante Lídia, exorcizou o espírito de adivinhação de uma jovem escrava e
foi publicamente espancado e erroneamente preso. Ao saber que Paulo e Silas
eram cidadãos romanos, as autoridade imperiais se desculparam, libertaram os
apóstolos e os incitaram a deixar a cidade (At 16.13-40).
Viajando cerca de 150 km em direção a sudeste, Paulo e Silas chegaram a
Tessalônica
. “Como tinha por costume”, relata Lucas, Paulo foi para a
sinagoga do local e pregou durante várias semanas, argumentando que Jesus, o
filho do carpinteiro de Nazaré, era de fato o Ungido - o Messias - prometido há
muito pelas Escrituras (At 17.1-3). Aqui, Paulo estabelece a segunda maior
igreja do continente europeu.
Tendo recebido o nome da irmã de um rei macedônio no final do séc. IV aC, a
cidade de Tessalônica era a capital do distrito da província romana da
Macedônia e possuía um excelente porto natural . Localizava-se na famosa Via
Egnatia, uma grande estrada militar romana que ia desde a costa balcânica
ocidental até a atual Istambul. E era governada por politarcas - uma classe de
oficiais peculiar à região. (At 17.6 – “magistrados da cidade”).
Os líderes Judeus não estavam contentes com a mudança dos seguidores da
sinagoga . Eles então fizeram acusações de que Paulo e seu grupo tinham
“virado
o mundo de cabeça para baixo” - Uma acusação muito séria, muito próxima da
rebelião civil do que o dano público sugerido pelo longo uso de palavras
familiares. Chamar Jesus de “Senhor” era empregar um título de outra forma
aplicado ao imperador:
“Todos estes procedem contra os decretos de
César, dizendo que há outro rei, Jesus”(At 17.7) Muito
possivelmente, as autoridades romanas que revisaram o caso tenham incluído os
maridos das
“mulheres distintas” persuadidas por Paulo. A ira deles
pode ter piorado as hostilidades judaicas.
Como não conseguiram encontrar Paulo, seu anfitrião Jasom foi preso, de modo
que Paulo ter de pagar fiança. À noite, Paulo e Silas partiram secretamente
para Beréia — 100 km a sudeste.
“Mas, logo que os judeus de Tessalônica
souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram
lá e excitaram as multidões” (At 171.3). Portanto em três cidades
sucessivamente – Filipos, Tessalônica e Beréia – Paulo e seu grupo partiram em
meio à inquietação civil e tiveram seu trabalho interrompido no meio. Foi essa
a recepção inicial do evangelho no continente europeu.
Dos cálculos baseados na inscrição de Gálio— uma cópia pública de uma carta
do imperador romano ao procônsul de Acaia— Pode-se afirma que 1 Tessalonicenses
foi escrito em 51 d.C
Conteúdo
Escrita primeiro em um tom de alívio e gratidão, o livro é marcado pelo
agradecimento em relação ao crescimento da igreja na ausência forçada de Paulo.
A carta não contém um teologia elaborada como Romanos, nenhuma repreensão ou
heresia ameaçadora como Gálatas, nem conselhos pastorais extensivos como em
1Corintios.
Os caps. 1-3 ensaiam as lembranças de Paulo sobre seu ministério entre eles,
sua preocupação com o estado da fé que eles tinham, a comissão de Timóteo para
voltar a igreja, seu deleite notável em saber da fé inabalável deles
Os caps. 4-5 contêm as exortações características sobre assuntos como pureza
sexual (4.1-8; 5.23), caridade responsável ( 4.9-12), estima e apoio aos
líderes (5.12-13), paciência e solidariedade em relação à várias necessidades
humanas (5.14-15).
A resposta de Paulo encheu de esperança e, portanto, de consolo, aqueles que
choravam pela perda de pessoas queridas. Os mortos em Cristo, na verdade,
seriam os primeiros a serem ressuscitados. Os cristãos vivos se uniriam a eles
e seriam arrebatados para encontrar o Senhor no ar este estar para sempre com
ele, Um grande Consolo!.
A linguagem de Paulo descrevendo a vinda de Jesus dista dois milênios do
vocabulário da tecnologia urbana. O povo mediterrâneo do séc. I estava bastante
acostumado a chegada (“vinda”) esplendorosa, alegre e antecipada de um
visitante real. No dia indicado, os cidadãos sairiam da cidade para encontra o
visitante real — que vinha com um amplo cortejo. Grito de aclamação e
boas-vindas surgiria à medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a
estrada então se uniriam ao monarca que iria a um determinado. Ali seriam
feitos reconhecimentos e premiações especiais (2.19). Havia alegria e admiração
com a chegada esplendorosa do rei. Assim há de ser quando os vivos e os mortos
forem para cima, para encontrar o rei que vem do céu.
O tema da volta de Cristo, embora concentrado em 4.13-18, também é abordado
em 5.1-11. Na verdade, a vinda de Cristo acontece de um final de carta (1.10)
ao outro (5.23). Cada capítulo em 1 Tessalonicenses refere-se a esse
acontecimento futuro decisivo.
Esboço de 1º Tessalonicenses
I. Começo típico da carta 1.1
II. Lembrança do Ministério de Paulo 1.2-3.13
III. A espera da volta de Cristo 4.1-5.11
IV. Conselhos finais 5.12-28
2º Tessalonicenses
Autor:Paulo
Data:Cerca de 51 d.C. – dada a semelhança das condições refletidas
pelas duas epistola aos Tessalonicenses, pode se concluir que Paulo escreveu a
segunda carta algumas semanas após a primeira. Também escrita em Corinto.
Tema:Dia do Senhor, corrigir as informações errôneas acerca da volta
do Senhor; corrigir as desordens que se estabeleceram na Igreja.
Palavras-Chave:Dia do Senhor, homem do pecado, tradição.
Contexto Histórico e Data
A volta do Senhor é de importância central em ambas as cartas. 1
Tessalonicenses revela que alguns tessalonicenses estavam perplexos com a morte
de pessoas amadas e temendo perder a volta do Senhor Jesus. Em 2
Tessalonicenses, surge um problema diferente, relacionado à volta do Senhor.
Tanto em 1 como em 2 Tessalonicenses (1.4-7), está claro que os crentes
sofreram algumas perseguições e opressão — da mesma forma que Paulo e Silas. A
preocupação de Paulo com a estabilidade espiritual da Igreja o levou a enviar
Timóteo e a expressar, escrevendo a primeira carta, uma alegre satisfação por
conhecer sua saúde espiritual (1Ts 2.17-3.10). A estabilidade e persistência e
paciência em meio às adversidades, atraíam o louvor e a gratidão freqüentes do
apóstolo (1Ts 1.3; 2Ts 1.4). Ainda assim, havia preocupações evidentes sobre as
atitudes desequilibradas relacionadas com a volta do Senhor.
“Ouvimos”, diz Paulo (2.11),
“que alguns entre vós andam
desordenadamente, não trabalhando...” Pelo visto, parar de trabalhar era
instigado por uma doutrina errônea de que alguém, desarmado, tinha trazido para
Tessalônica uma doutrina que anunciava que
“o Dia de Cristo estivesse
perto” (2.2). Tal doutrina pode ter uma origem falsamente reivindicada
pelos carismáticos (
“por espírito” -2.2). Ou pode ter surgido em uma
carta falsamente atribuída a Paulo.
Qualquer que seja a fonte da doutrina errônea, Paulo rapidamente escreveu 2
Tessalonicenses para ressaltar a maneira correta de compreender a volta do
Senhor. Esse dia, esclarece ele, não acontecerá até que determinados
acontecimentos ocorram. Em primeiro lugar, haverá uma apostasia e, mais
importante, o homem do pecado será revelado —
“O filho da perdição”
(2.3). Essa figura, chamada de
“anticristo” nas cartas de João, se
autodenominará Deus (2.4). Ele enganará a muitos, pois terá grandes poderes,
incluindo a capacidade de realizar prodígios (2.9). O espírito de tal figura,
“o
ministério da injustiça” (2.7) já operava nos dias de Paulo. Mas um poder
— não identificado claramente pelo apóstolo – resiste e controla o homem do
pecado de forma a impedi-lo de interferir na consumação do curso dos
acontecimentos humanos por Deus através da volta de Cristo na segunda vinda.
Duas vezes em 2 Ts (2.15; 3.16). O apóstolo apela para a
“tradição”
- crenças fixas dentro das igrejas — como uma verificação sobre a doutrina
carismática. Freqüentemente nas cartas tessalonicenses, ele relembra seus
leitores a continuar com as coisas que ele ensinou antes (1Ts 2.11-12; 3.4; 2Ts
2.5,15; 3.4,6,10,14). Já nessas cartas, provavelmente os mais antigos livros do
NT a serem escritos, está se desenvolvendo um corpo de crenças cristãs
definidas.
Esboço de 2º Tessalonicenses
I. Começo típico da carta 1.1-4
II. Doutrina 1.5– 2.12
III. Exortação 2.13-3.16
IV. Comentários finais 3.17-18
I. O arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo, e as Bodas do
Cordeiro.
1. O arrebatamento da Igreja - 1 Ts 4.13-17- será um evento
no qual todos os salvos de todas as épocas serão levados pelo Senhor para viver
com Ele para sempre
1.1. Quando ocorrerá
Na verdade, o período é indeterminado. Mas podemos ter uma idéia da sua
proximidade, pelos sinais descritos na Bíblia. (Mt 24.36, 45-51)
1.2. Os participantes
a) O Senhor Jesus Cristo
b) O Arcanjo
c) Os santos vivos
d) Os santos mortos
1.3.
Características especiais do Arrebatamento
a) Os ímpios não vão perceber Jesus arrebatando sua Igreja (1 Co 15.51-54),
porque o arrebatamento será num abrir e fechar de olhos. Depois, logicamente,
perceberão a falta dos salvos.
b) O processo do arrebatamento também será um processo de transformação do
corpo. O nosso corpo será igual ao do Cristo ressuscitado (1 Jo 3.2). Na
verdade, não será nem só o corpo e nem só o espírito, mas um corpo espiritual,
que tem características tanto de um corpo (Lc 24.41-13), como de um espírito
(Jo 20.19).
c) A partir daí, nunca mais os servos de Deus passarão qualquer dificuldade
ou pecado (1 Ts 4.17; Ap 7.15-17) e estarão livres da condenação de Deus que
virá sobre toda a terra: a grande tribulação (1 Ts 1.9, 5.9; Ap 3.10)
Obs.: Arrebatar significa "tomar uma coisa com rapidez".
2. O Tribunal de Cristo- 1 Co 3.11-15 - será um evento no
qual todos os santos que vieram do arrebatamento serão julgados.
2.1.
Quando ocorrerá
Por uma questão de lógica, cremos que o Tribunal de Cristo acontecerá logo
após o arrebatamento da Igreja e antes das Bodas do Cordeiro: entre um
julgamento e uma festa para o povo de Deus, o que virá primeiro? Também não
podemos confundir o Tribunal de Cristo com o Juízo Final, pois no Tribunal não
haverão condenações (vv. 13 e 14).
2.2.
Como sucederá
A obra de cada um será provada (v.13), isto é, tudo o que nós fizemos
durante a nossa existência neste mundo. O v.12 fala de seis tipos de materiais:
os três primeiros (ouro, prata e pedras preciosas) resistirão ao fogo provador
do Senhor mas os três últimos são inflamáveis (madeira, feno e palha). Esses
materiais serão as nossas obras, de acordo com o que fizermos. Assim, as coisas
da nossa vida que foram corretas perante Deus resistirão à prova do fogo
(v.14), e aquelas que forram erradas perante Deus serão destruídas. De acordo
com as obras corretas, será o nosso galardão, ou seja, a nossa recompensa
eterna (v.14).
Obs.: O fato de que ninguém será condenado não quer dizer que um crente vai
entrar no Céu sem ter feito obra alguma. Certamente, quem é santo faz, de
alguma maneira, a obra de Deus. Tirando as exceções (Lc 23.43) a diferença é
que alguns fazem mais obras do que os outros (Mt 13.23).
3. As Bodas do Cordeiro- Ap 19.7-9 - será a maior festa que
já existiu em toda história da Criação. Será o momento em Cristo se casará com
a Sua noiva perante Deus: a Igreja (2Co 11.2, Ef 5.32,33).
3.1Quando ocorrerá
Pela lógica, será logo após o Tribunal de Cristo. Tanto as Bodas do Cordeiro
com a grande tribulação ocorrerão após o arrebatamento da Igreja.
3.2Como sucederá
Será uma tremenda festa, na qual cearemos juntamente com o Senhor (Mt
26.29), e certamente seremos apresentados ao Pai.
3.3.Os componentes da Festa
a) O noivo - o Senhor Jesus Cristo
b) A noiva - a Igreja
c) O celebrador - Deus Pai
d) Os convidados - provavelmente, os santos do Antigo Testamento - Jo 3.29
II. A Grande Tribulação.
A Grande Tribulação - Mt 24.15-29 - será o período em que Deus derramará Sua
ira sobre toda a terra. Mas não só isso. A Grande Tribulação um tema muito
difícil em Escatologia, pois envolve acontecimentos complexos e relacionados
entre si, no mundo material e no mundo espiritual. A Grande Tribulação será o
primeiro passo para o fim da nossa realidade, e a instauração de um perfeito
estado eterno. Ela começa com a determinação dos castigos divinos e termina com
o julgamento das nações.
1. Os objetivos divinos para a Grande Tribulação
1.1Castigar a humanidade por não ter se arrependido dos
seus pecados, mesmo após o sacrifício de Seu Filho Jesus Cristo. (Ap 6.16,17 e
Ap 9.18-21)
1.2Provar o povo de Israel e convertê-lo ao Redentor. (Es
20.33-44, Jr 30.6-9 e Lc 1.30-33)
1.3Preparar o caminho para a instauração do reino milenar.
(Ap 19.13,14 comp. Ap 20.6)
2. O tempo da Grande Tribulação
2.1As setenta semanas de Daniel
Para entendermos o tempo da Grande Tribulação, precisamos fazer uma análise
profunda de Dn 9.24-27. Deste texto, podemos ver as setenta semanas de Daniel.
Estas semanas não podem interpretadas ao pé da letra. Por quê?
a) As semanas estão determinadas até o "fim dos pecados... e trazer a
justiça eterna." (Dn 9.24). Se levamos ao pé da letra, a "justiça
eterna" seria trazida 490 dias depois da reconstrução de Jerusalém. Sendo
que a reconstrução foi em 445 a.C., todos os pecados já não existiriam mais 444
a.C. E isso aconteceu? Não!!
b) Se levarmos ao pé da letra, depois de 483 dias, o Messias seria morto. E
todos sabemos que Jesus só morreu 483 anos depois de a cidade ter sido
reconstruída.
c) Há, na Bíblia, algumas vezes, a expressão "semana de anos". Ou
seja, os judeus, em alguns casos, falavam de "semana" referindo-se a
um período de 7 anos (Gn 29.25-29 e Lv 25.3,4).
Sendo assim, concluímos que as setenta semanas de Daniel correspondem a um
período de 490 anos. E este período pode der dividido em 3 partes:
a) Restauração e edificação de Jerusalém (v.25): sete semanas. Isto foi no
tempo de Neemias, aproximadamente em 445 a.C. (Ne 2.3-8 e Ne 3.1). O livro só
fala da reconstrução do muro e do templo, mas as sete semanas falam também das
ruas e certamente podemos falar das casas.
b) O surgimento e morte do Messias (v.26): 62 semanas. Depois das sete
semanas, e após a reconstrução de Jerusalém (396 a.C.), passaram-se mais 62
semanas (434 anos). Somando 434 anos de 396 a.C. chegamos ao ano 32 d.C, que é
aproximadamente quando Jesus morreu. Até aqui já se passaram 69 semanas (483
anos).
c) O surgimento do "príncipe" (vv. 26b e 27): a última semana.
Esta será marcada por um "príncipe que fará um concerto com muitos".
E no meio dos sete fará "cessar o sacrifício e a oferta de manjares",
ou seja, destruirá a religião e o povo judeu. A última do v.27 diz que o fim de
tudo isso já está determinado. Se compararmos o v.27 com Ap 11.1,2, 12.6 e
13.5-7, vamos concluir que o "príncipe" é o ANTICRISTO.
Obs.:Percebemos que o texto não fala do surgimento e
crescimento dos seguidores do Messias, ou seja, a Igreja. Na profecia, o
anticristo vem logo após a morte do Cristo. Jesus já morreu, mas o anticristo
ainda não surgiu. Então, entre o v.26 e o 27 há um intervalo que já dura mais
de 2000 anos. É como se o relógio de Deus tivesse parado depois que Jesus
morreu. Mas esse relógio pode voltar a rodar a qualquer momento, pois a Igreja
pode ser arrebatada a qualquer hora.
3. Os momentos da Grande Tribulação
A Grande Tribulação será marcada por 4 momentos: 1) Determinação dos
castigos divinos; 2) Os 3,5 primeiros anos; 3) Os 3,5 anos finais e 4) A
batalha do Armagedom
3.1Adeterminação dos castigos divinos
O livro do Apocalipse tem tantas referências sobre o castigo divino que é
melhor cada um ler o livro inteiro. Porém, vamos nos restringir aos 4
cavaleiros do Apocalipse (6.1-8). Eles resumem todos os castigos divinos. Cada
um mostra uma dimensão da realidade ba Grande Tribulação.
a) O cavaleiro branco (vv.1 e 2): a dimensão política. Na opinião de muitos
estudiosos da Bíblia (incluindo a minha pessoa), este cavaleiro branco é o
anticristo, pois todos os selos representam o castigo divino. Além do fato de
que Cristo nunca foi representeado com um arco. Este vitorioso vai conseguir um
grande destaque no mundo pelos atos de governo que realizará, como por sinais
sobrenaturais. O branco aqui significa a vitória que ele terá neste mundo.
b) O cavaleiro vermelho (vv. 3, 4): a dimensão social. Sabemos que a cor
vermelha sempre está relacionada às emoções fortes. Lembremo-nos, por exemplo,
do que um touro pode fazer se ver alguém vestido de vermelho ou da cor da pomba-gira.
Assim, este cavaleiro será o símbolo dos conflitos sociais. Isso inclui o
aumento desenfreado do pecado, das desigualdades entre ricos e pobres,
resultando no aumento do ódio.
c) O cavaleiro preto: a dimensão econômica (vv. 5,6). A balança significa o
racionamento de alimento que haverá naquele tempo. Ou seja, haverá uma fome tão
grande ao ponto de quem quiser viver mais ou menos bem vai ter que usar o
"passaporte da besta": o número 666. (Ap. 13.16-18) Com a falta de
comida, o anticristo poderá dominar economicamente muitas pessoas,
principalmente os pobres, que não terão dinheiro para comprar comida, e assim
se submeterão ao governo do anticristo. O preto do cavalo talvez tenha a ver
com a pobreza e com a fome.
d) O cavaleiro amarelo: a conseqüência de todos os outros cavaleiros (vv.7 e
8). Percebamos que o amarelo tem a ver com palidez, como são pálidos os
defuntos. Podemos imaginar este cavaleiro como um zumbi ou um morto-vivo. É o
pior dos quatro cavaleiros, pois ele é a conseqüência do governo do anticristo,
do ódio e da fome. Ou seja, a morte. A morte será o grande castigo de Deus
sobre o mundo (Ap 13.10)
3.2Os primeiros três anos e meio.
Este período será marcado pela subida do anticristo no cenário mundial. O
anticristo não será Satanás em forma de pessoa, e nem ele vai entrar no corpo
de uma pessoa, como um endemoninhado. Mas será uma pessoa que terá uma íntima
comunhão com Satanás, assim como aquela comunhão que Moisés tinha com Deus. (2
Ts 2.9-11). As duas figuras-chave dessa primeira parte são o falso profeta (a
besta da terra) e a formação de uma poderosa confederação de nações (a besta do
mar). (Ap 13)
a)A besta que sobe do mar (Ap 13.1-4). Há interpretações diferentes a
respeito desta besta. A mais aceita é a de será uma confederação de nações. A
partir daqui, segue a minha interpretação pessoal. Seriam sete países, mas
somando dez governantes. Um desses países teria uma crise muito forte, e que
seria o país governado pelo anticristo. Mas este país teria uma recuperação
maravilhosa, ainda mais do que a da Alemanha e do Japão após a Segunda Guerra
Mundial. E por isso, o anticristo tomaria o governo dessa confederação. Muitos
estudiosos vêem em Ez 38.2-6 os nomes das nações que farão parte dessa
confederação. Seriam:
Magogue(Marco Pólo diz que Magogue é uma região no Norte da
Ásia, onde atualmente pertence à Rússia);
Meseque e Tubalpodem ser duas cidades russas: Moscou
(Rússia européia) e Tobolsk (Rússia asiática);
Gomer, provavelmente é a Alemanha;
Tograma,que corresponde às atuais regiões da Turquia e da
Armênia;
Pérsia, que é o Irã.
Etiópia, um país africano.
Pute,que corresponde à atual Líbia
b) A besta que sobe da terra (Ap 13.11-16). É o falso profeta que aparecerá
neste tempo. Ele não é o anticristo, mas os dois trabalharão em profunda
sintonia (Ap 13.12): um no plano político e outro no plano religioso. Esta
religião talvez surgirá mesmo país do anticristo, e terá uma aceitação mundial,
além de ter uma tendência fortemente ecumênica, misturando todas as religiões
numa só e enganando a todos (Ap 17.4,5), mas rejeitando todas as outras
individualmente.
3.3 Os últimos três anos e meio.
O marco deste período é a quebra da aliança do anticristo com o povo
israelita (Dn 9.27b), e conseqüentemente haverá uma grande perseguição a eles
(Dn 7.24,25) e aos cristãos (Ap 13.7). No que a "imagem da besta" vai
monitorar e castigar todos aqueles que não se renderem ao domínio do anticristo
(Ap 13.15). No lugar do templo do Senhor, ele mesmo se assentará como querendo
ser Deus. 2 Ts 2.3,4. Assim, o domínio religioso e o domínio político vão se
fundir num só. A partir desse momento, Satanás (o dragão) juntamente com o
anticristo (a besta) e o falso profeta começarão a mobilizar as nações contra
Israel.(Ap 16.10-14) E o conflito político-religioso vai para um conflito
militar: a batalha do Armagedom.
3.4 Abatalha do Armagedom
A Bíblia mostra que haverá um ajuntamento de tropas tão grande como nunca
houve em toda a história (Ez 38.15,16). O povo de Israel será inicialmente
humilhado (Zc 14.2). Mas, no momento em que tudo parecer perdido, aparecerá o
Senhor Jesus Cristo pessoalmente, com os Seus santos e anjos (Ap 19.14) para
batalhar a favor de Israel. Jesus aparecerá no Monte das Oliveiras, onde um dia
agonizou por aquelas pessoas (Zc 14.4).
Podemos ver pelo menos 4 diferentes tipos de destruição dos exércitos do
Anticristo: 1) As mortes causadas por Cristo e Seu exército (Ap 19.21); 2) A
praga que Deus enviará nas tropas (Zc 12.4 e 13.12); 3) A confusão entre os
próprios inimigos (Ez 38.21) e 4) Uma grande chuva de pedras com fogo (Ez
38.26).
Essa batalha será tão grande que serão necessários 7 anos para se limpar os
destroços da guerra (Ez 39.10) e sete meses sem parar para enterrar os corpos
dos que morreram. E por terem tantos corpos que Deus vai convocar as aves para
comer as carnes destes corpos (Ez 38.17-20 e Ap 19.17,18)
Ao fim da batalha, o anticristo (a besta) e o falso profeta serão lançados
no lago de fogo (Ap 19.20).
III. O reino Milenial, o Juízo final e o perfeito Estado Eterno
Após a batalha do Armagedom, se sucederá o Julgamento das nações (Mt
25.31-46). Nessa ocasião, o Cristo vitorioso julgará as pessoas que estiverem
vivendo aqui na terra. Aqueles que não receberam o sinal do anticristo e nem o
adoraram (as ovelhas) ressuscitarão, e reinarão com Ele. (Mt 25.33,34; Ap
20.5). E as que tiverem adorado ao anticristo (os bodes) serão condenados ao
castigo eterno (Mt 25.41-45). Além da sujeição ou não ao anticristo, outro
fator de peso nesse julgamento serão as obras de caridade para com o próximo
(Mt 25.39,40). Isso se explica pelo fato dessas obras serem manifestações de
amor, coisa que quase não tinha existido durante a tribulação (Ap 6.4).
Feito o julgamento, aqueles que morreram sem Cristo continuarão mortos até o
Juízo Final (Ap 20.5). Então estará tudo pronto para a instauração do reino
milenial.
1. O reino Milenal- Is 65.19-25 - será o período no qual
Cristo reinará sobre a terra com os Seus santos durante mil anos.
1.1.Características do Milênio
a) Satanás estará preso (Ap 20.1-3): Durante o Milênio, Satanás (e,
logicamente, os demônios) não poderá agir de modo algum. Mas isso não quer
dizer que o reino Milenial será um reino totalmente sem pecado. Mesmo com
Cristo reinando sobre o mundo inteiro, ainda haverão pessoas que pecarão, mas
estas serão amaldiçoadas (Is 65.20). Por isso, o pecado alcançará um nível
mínimo nesse tempo.
b) Os participantes do reino milenial. Serão os salvos em Cristo, os que não
se submeteram ao domínio do anticristo (Ap 20.4) e aqueles que nascerem durante
esse período (Is 65.20)
c) Os salvos terão autoridade e poder sobre as nações da terra durante esse
período (Ap 5.10; 20.6).
d) Será um período de grande prosperidade em todos os sentidos (Zc 2.5; Is
2.22-25; Is 35; Ez 36.8-15). Inclusive, a própria criação será como nos dias de
Adão e Eva (Is 65.25).
1.2. Ao fim do Milênio(Ap 20.7-10)
Ao fim do período milenial, haverá uma nova onda de tentação e de pecado,
pois Satanás será solto novamente (Ap 20.7,8a). Isso é uma lição para nós,
pois, mesmo que no Milênio só hajam pessoas que conheceram a Cristo, ainda
assim se ajuntarão para destruir Seu governo (Ap 20.8). Mias uma vez liderados
por Magogue, procurarão destruir Jerusalém, mas logo serão destruídos. Logo
após isso, Satanás será lançado no lago de fogo (Ap 20.10), sucedendo-se,
então, o Juízo Final.
2. O Juízo final- Ap 20.11-15 - será o julgamento de todas
as pessoas de todas as épocas e de todos os lugares que não se converteram a
Deus.
2.1.
Características do Juízo Final
a) Quem não passará por este juízo.
Os salvos em Cristo, pois já foram julgados no Tribunal de Cristo (Rm 8.1; 1
Co 3.11-15)
As pessoas que estiveram vivas na ocasião do Julgamento das nações (Mt
25.31-46). Os "bodes" já foram condenados (Mt 25.45) e as
"ovelhas" já foram salvas naquele tempo
b) Quem passará por este juízo: Todas as pessoas que não incluídas nas
exceções acima. Ou seja, muitíssima gente. Serão tantas pessoas que a Terra e o
Céu não caberão Deus e estas pessoas juntas (Ap 20.11). Provavelmente, enquanto
estas pessoas estiverem sendo julgadas esta criação estará sendo destruída (1
Pe 3.3,10-12).
c) Como sucederá o julgamento. Primeiramente, haverá a ressurreição de todas
aquelas pessoas, estejam onde estiverem (Ap 20.13,14). Todas as pessoas estarão
na mesma condição, ou seja, não haverá qualquer favorecimento. As provas do
julgamento serão "os livros" (Ap 20.12b). Em cada livro constará
todas as coisas que a pessoa julgada dez na sua vida. Haverá um diferencial entre
aquelas que conheceram a Palavra de Deus e aquelas que nunca a conheceram (Rm
2.12-16). Quem a conheceu será julgado pela mesma (Jo 12.48). E aqueles que
nunca a ouviram (como os índios antes da conquista do Brasil) serão julgados
pela lei da consciência (Rm 2.14,15). Dentre os julgados, os que forem
condenados irão para o Lago de Fogo, que é a segunda morte (Ap 20.15).
Obs.:A segunda morte não é a destruição do espírito, mas um
eterno estado de tormento e separação de Deus. (Mt 25.46; Ap 14.11)
3. O perfeito Estado Eterno- Ap 21.1-8 - é o cumprimento
final de todas as promessas de Deus, e o começo de um perfeita realidade que
nunca terá fim.
3.1. Características do Estado Eterno
a) Haverá a perfeição original da Criação (Ap 21.27)
b) Céus e Terra se fundirão numa única realidade (Ap 21.3; 22.3), com o
próprio Deus habitando no meio dos homens.
c) Alguns elementos naturais como o mar e o sol não existirão (Ap 21.1;
21.23-25).
d) Nada relacionado ao pecado existirá lá: nem tristeza, nem angústia, nem
morte, nem maldição, nem dor. (Ap 21.4, 21.27)
e) A Cidade de Jerusalém será uma glória à parte nessa nova realidade. Nela
habitarão todos os salvos em Jesus e os santos do AT (Ap 22.3,4). Fora da
cidade, provavelmente habitarão os que não forem condenados no Juízo final.
Será uma felicidade eterna (Ap 22.5b)
Conclusão
Os sinais da vinda de Cristo estão cada vez mais evidentes para todos nós
(Mt 24.1-14). Falsos profetas surgem por toda parte (Mt 24.11), os homens se
matam, se odeiam e se destroem (Mt 24.7-12). A própria igreja está sendo
abalada (At 20.29), e muitos estão dormindo no pecado, e no descompromisso com
Deus (Mt 25.5).
“Filhinhos, é já a última hora”. Despertemos que o Nosso Rei já vem
nos buscar.